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R$ 200 mil e um carro novo!
Na quarta feira, por volta das cinco da tarde, recebi uma ligação duma moça que se dizia ‘assessora pessoal’ de Elisa Laumureque Benevides.
Perguntei: "- quem"?
Ela então, me explicou melhor:
" - sou a Ana, trabalho com Elisa Laumureque e ela quer saber se você tem um horário livre, ainda esta semana, para tomar um chopp e bater um papo"!
Bom, eu não sabia o que dizer diante do tal convite!
Eu não tinha a menor ideia de que diabos era Elisa Laumureque, tão pouco que ela gostava de mim sem a gente nunca sequer ter se falado e, pasmem, queria tomar chopp comigo no entardecer da orla de Araruama.
Tá, eu disse que sim e que fosse o que Deus quisesse!
Fiquei pensando inúmeras possibilidades que justificassem esse interesse repentino da tal figura à meu respeito.
Seria algum tipo de cantada? Um convite prum emprego numa grande companhia de teatro? Um sarro? Estaria essa mulher querendo me apresentar a algum rapaz novato da cidade?
Confesso que roí minhas unhas no trajeto de casa até o quiosque combinado!
Sete e meia da noite, estava diante de Elisa Laumureque Benevides! Uma mulher bonita, de sorriso natural, cabelos soltos, bem maquiada; com uma tulipa de chopp nas mãos e um cigarro entre os dedos, e que me envolveu num abraço sincero e os típicos três beijinhos (de carioca)!
A Ana estava junto e falava ao Nextel com um rapaz chamado Julinho.
Fizemos o pedido e fiquei ali, aguardando a Sra Laumureque me dizer a razão pro nosso encontro.
Ela disse que acompanha de muito bom grado a minha trajetória no meio Cult.
Elogiou o meu gosto por cinema, minhas preferências musicais e afins.
Fiquei surpreso e ainda mais intrigado.
Na verdade, ela não queria nada demais comigo. Apenas queria me conceder uma entrevista!
A única exigência era que eu publicasse um texto a respeito do nosso bate papo.
Ela me confessou que os jornais e sites da cidade não deram a importância devida
(à sua bomba!).
Fiquei lisonjeado, claro!
E disse: " - por que não"?
Então, pedi outro chopp. Acendi um cigarro e fiquei escutando atentamente tudo o que a Sra Laumureque tinha a me dizer.
E ela não economizou no verbete:
" - eu estava prestes a me lançar como candidata à vereadora aqui em Araruama; queridinho! Nas pesquisas feitas por meios próprios, ficou confirmado que eu teria 200 votos. Fui procurada em minha casa por um candidato (colega de partido) que, imediatamente, foi abrindo o bico e revelando o (esquema)"!
O acerto era para Elisa desistir de ser candidata e apoiá-lo, ou seja, os 200 votos garantidos nas prévias não seriam suficientes para elegê-la vereadora, certo? Mas sem esses mesmos 200 votos, o candidato em questão, teria que trabalhar dobrado pra conseguir tantos eleitores. E isso, bem, seria um tanto mais complicado, eu acho!
E ela revelou:
" - então, eu topei! Desisti de ser candidata e estou apoiando esse (meu sócio)"!
E soltou uma baforada de cigarro!
Eu não piscava os olhos, tamanha era a minha perplexidade.
Se Elisa Laumureque havia topado vender a sua candidatura ao nobre colega, me restaria saber apenas uma coisa:
"por quanto? Quanto custaria essa ação tão solidária e fraternal"?
Ela pediu outro chopp e me respondeu:
" - R$ 200 mil e um carro novo"!
(o carro novo é um Land Rover freelander 2 S – avaliado em R$ 170 mil)
Eu virei a minha tulipa de chopp num gole só e sinalizei pra Ana que pra mim já era o suficiente por aquela noite!
Realmente, não estava a fim de saber de mais nada!
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