quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

dona Tânia não gosta das coisas que eu escrevo!


Ontem à tarde eu estava checando a minha agenda para decidir a publicação da semana aqui no espaço. O telefone tocou. O número era restrito. Do outro lado, uma mulher de 45 anos, presumivelmente, se apresentou por dona Tânia. 

E estava indignada com a “entrevista” da semana passada, publicada por mim, nessa sessão. Segundo a dona Tânia, a publicação foi vergonhosa.
E reforçou que mesmo sem conhecer a artista plástica Domênica Priolli de Aguiar, já antipatiza com as “fuças” dela.

Tentei argumentar que escolhia as minhas entrevistadas levando em consideração as suas preferências musicais, suas aptidões intelectuais e artísticas; e claro, as suas respectivas maneiras de vida.
E que havia chegado até a socialite Domênica Priolli de Aguiar, por causa de sua vasta coleção de obras de arte.

Do outro lado, dona Tânia estava praticamente aos gritos.
Dizia-se apavorada ao saber dos bichos empalhados que a artista plástica mantinha em sua sala de estar. E perguntou a mim:

- “que diabos” seria lobissote?

Expliquei rapidamente que lobissote, era na verdade, o lobo pequeno que aparece na foto. E que ao invés de chamar o lobo de bichano, ou de bichinho, a gente preferia chamar de bissote.

Não adiantou a explicação. Dona Tânia estava furiosa, principalmente, pelo fato de que a minha entrevistada era adepta dos casacos de pele legítimos. Questionou:

" - e tudo isso a troco de quê? Seria mesmo necessário ir tantas vezes “pro estrangeiro” só pra torrar dinheiro matando aquele monte de raposas"?

Eu permaneci em silêncio, afinal de contas, todas as vezes que eu a interrompia, ela se irritava ainda mais e me mandava ficar de “bico calado”.

Aliás, dona Tânia disse que um dos meus maiores defeitos quando escrevo
– é dar destaque ao modo luxuoso como vive os “figurões”:
Que volto e meia eu cito: deques, ante-salas, closet’s, pinacotecas, jacuzzis, loft’s.

E foi absolutamente grossa ao me passar o seguinte sermão:

“Gente comum não tem dinheiro pra comprar jacuzzi, Sr. Will. O dinheiro do pobre mal dá pra pagar o vaso sanitário”!

E sobre a escolha dos assuntos abordados aqui no espaço, dona Tânia reforçou que ao invés de ficar visitando as milionárias da Pontinha, da Praia dos Amores, do Coqueiral, os endinheirados da Praia das Conchas, que eu passasse a procurar pessoas mais humildes, mais verdadeiras, aquelas com os pés no chão, gente que sente na carne o sofrimento do cotidiano.

E citou uma conhecida dela, a Zenaide do Parque Mataruna, que é uma legítima dona de casa, mãe de 7 filhos, separada do marido e que vive sob muita dificuldade com um renda diminuta, mas que nem por isso, perdeu a vontade de dar certo na vida.

E que segundo ela mesma, a Zenaide estaria de namorico com um pagodeiro “boa praça” que mora no bairro Mutirão.

Fiquei pensando: se eu for mesmo falar com a Zenaide, será inevitável não comentar a possibilidade de esse namoro lhe render mais uns filhos extras.

Será que essa amiga da dona Tânia quer chegar à marca dos 10 filhos?

Falei sobre o Criança Esperança e nem bem terminei a frase, dona Tânia rebateu que esse projeto é “uma piada”, e que os filhos da Zenaide trabalham para ajudá-la nos rendimentos mensais.

E foi categórica:

"- cada um faz o que pode, acabam dando o jeito deles"!

Pra finalizar a conversa com a dona Tânia, tentei justificar a sabedoria de vida da artista plástica Domênica Priolli de Aguiar, principalmente, no trecho em que ela se intitula “sábia do terceiro milênio”!

Dona Tânia me interrompeu na mesma hora:

“ - ah, Will, ora bolas, faça-me o favor, né queridinho?
Sabida, por quê? Porque depois de velha acha que é dona da verdade e por isso tem o direito de vir a público dizer um monte de bobagens?

Se isso é ser sábia, eu quero é morrer ignorante"!

E por fim, quando eu agradecia a dona Tânia pela participação, ela gritou que não queria saber de mais nada e desligou o telefone na minha cara.
dona Tânia não gosta das coisas que eu escrevo!

Ontem à tarde eu estava checando a minha agenda para decidir a publicação da semana aqui no espaço do jornal O Cidadão. O telefone tocou. O número era restrito. Do outro lado, uma mulher de 45 anos, presumivelmente, se apresentou por dona Tânia. 

E estava indignada com a “entrevista” da semana passada, publicada por mim, nessa sessão. Segundo a dona Tânia, a publicação foi vergonhosa. 
E reforçou que mesmo sem conhecer a artista plástica Domênica Priolli de Aguiar, já antipatiza com as “fuças” dela. 

Tentei argumentar que escolhia as minhas entrevistadas levando em consideração as suas preferências musicais, suas aptidões intelectuais e artísticas; e claro, as suas respectivas maneiras de vida. 
E que havia chegado até a socialite Domênica Priolli de Aguiar, por causa de sua vasta coleção de obras de arte.

Do outro lado, dona Tânia estava praticamente aos gritos. 
Dizia-se apavorada ao saber dos bichos empalhados que a artista plástica mantinha em sua sala de estar. E perguntou a mim:

- “que diabos” seria lobissote? 

Expliquei rapidamente que lobissote, era na verdade, o lobo pequeno que aparece na foto. E que ao invés de chamar o lobo de bichano, ou de bichinho, a gente preferia chamar de bissote.

Não adiantou a explicação. Dona Tânia estava furiosa, principalmente, pelo fato de que a minha entrevistada era adepta dos casacos de pele legítimos. Questionou:

" - e tudo isso a troco de quê? Seria mesmo necessário ir tantas vezes “pro estrangeiro” só pra torrar dinheiro matando aquele monte de raposas"?

Eu permaneci em silêncio, afinal de contas, todas as vezes que eu a interrompia, ela se irritava ainda mais e me mandava ficar de “bico calado”.

Aliás, dona Tânia disse que um dos meus maiores defeitos quando escrevo
– é dar destaque ao modo luxuoso como vive os “figurões”:
Que volto e meia eu cito: deques, ante-salas, closet’s, pinacotecas, jacuzzis, loft’s. 

E foi absolutamente grossa ao me passar o seguinte sermão:

“Gente comum não tem dinheiro pra comprar jacuzzi, Sr. Will. O dinheiro do pobre mal dá pra pagar o vaso sanitário”!

E sobre a escolha dos assuntos abordados aqui no espaço, dona Tânia reforçou que ao invés de ficar visitando as milionárias da Pontinha, da Praia dos Amores, do Coqueiral, os endinheirados da Praia das Conchas, que eu passasse a procurar pessoas mais humildes, mais verdadeiras, aquelas com os pés no chão, gente que sente na carne o sofrimento do cotidiano.

E citou uma conhecida dela, a Zenaide do Parque Mataruna, que é uma legítima dona de casa, mãe de 7 filhos, separada do marido e que vive sob muita dificuldade com um renda diminuta, mas que nem por isso, perdeu a vontade de dar certo na vida. 

E que segundo ela mesma, a Zenaide estaria de namorico com um pagodeiro “boa praça” que mora no bairro Mutirão.

Fiquei pensando: se eu for mesmo falar com a Zenaide, será inevitável não comentar a possibilidade de esse namoro lhe render mais uns filhos extras.

Será que essa amiga da dona Tânia quer chegar à marca dos 10 filhos?

Falei sobre o Criança Esperança e nem bem terminei a frase, dona Tânia rebateu que esse projeto é “uma piada”, e que os filhos da Zenaide trabalham para ajudá-la nos rendimentos mensais. 

E foi categórica: 

"- cada um faz o que pode, acabam dando o jeito deles"!

Pra finalizar a conversa com a dona Tânia, tentei justificar a sabedoria de vida da artista plástica Domênica Priolli de Aguiar, principalmente, no trecho em que ela se intitula “sábia do terceiro milênio”!

Dona Tânia me interrompeu na mesma hora:

“ - ah, Will, ora bolas, faça-me o favor, né queridinho?
Sabida, por quê? Porque depois de velha acha que é dona da verdade e por isso tem o direito de vir a público dizer um monte de bobagens? 

Se isso é ser sábia, eu quero é morrer ignorante"!

E por fim, quando eu agradecia a dona Tânia pela participação, ela gritou que não queria saber de mais nada e desligou o telefone na minha cara.

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