sexta-feira, 11 de junho de 2010

se a vida segue um caminho, como a gente faz pra se livrar dos pedregulhos, hein?

No meio do caminho (Eduardo Alves Costa)

" Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.


Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.


Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada....".


Esse é um trecho do poema de Eduardo Alves da Costa, fabuloso pensador, contemporâneo, nascido em Niterói (região metropolitana do Rio)... fazendo uma menção sobre todos os tipos de violência que assistimos, vivemos e... ainda assim, permanecemos estáticos...

É importante exercitar com afinco a tal da intuição, saibamos! Porque se tivermos sorte, talvez, não nos esqueçamos de trancar o portão de acesso aos nossos jardins...

Né?

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