Pode parecer contraditório à beça o que vou escrever agora, ou melhor, esquisito pacas... Isso mesmo! O que é esquisito? A começar pelo título, claro, sim, sim, fala sobre preguiça. Não estou me referindo ao bicho preguiça. E daí? E daí que tanto faz... a questão é: com uma certa preguiça me levantei pra escrever aqui no blog. Justamente porque decidi, do nada, do nada mesmo, escrever sobre a danada da preguiça. Preguiça é pecado, dirão! Outros vão mais a fundo: gente preguiçosa não vai a lugar nenhum, não sobe na vida, não faz isso, nem aquilo... Deixa de ser mole, criatura! Enquanto isso, eu bocejo! Tá, vou por um café bem forte pra passar! Sim, tenho que ficar acordado pra não cair sobre o computador por causa da preguiça.
Essa malemolência traiçoeira vem como quem não quer nada, sugere uma meia de algodão pra aquecer os pés, lança um flerte ao casaco que ainda permanece no cabide, papo vai, moleza vem, lá fora tá geando... e assim a gente acaba se rendendo a tal preguicinha! Aqueles tais cinco minutinhos a mais acabam se tornando horinhas extras... pois é! Junho é assim.
Esse ano, especialmente, temos o quê? Copa do Mundo! Putz, eu fico com preguiça só de pensar em ligar a televisão! Só se fala de futebol! Tudo bem, eu entendo, estamos na Copa do Mundo! E até mesmo eu, que nem sou tão chegado assim... torço pelo Brasil, claro! Gosto da bagunça, da energia que forma, dessa coisa contagiante de reunir uma boa galera pra beber e torcer junto.
E a preguiça? Aí é que tá! Eu fiquei na cama no dia 15! Fiquei mesmo! Pouco me animei pro primeiro tempo do jogo de estréia do Brasil. Levantei somente no segundo tempo! Não por causa do jogo, mas sim, por conta do trabalho! Confesso: foi duro vencer a preguiça!
No meio da correria diária, das obrigações a dar conta, das contas que nos fazem cada vez mais agregar novas obrigações, tantas responsabilidades, nossa, que pressão! Sobra cada vez menos tempo praquela preguicinha gostosa que tanto gostamos de sentir... Tenho preguiça até de pensar em certos momentos! É verdade! Quando começo a pensar numa coisa cansativa, chata, ligo o alerta: ih, pensarei nisso mais tarde, que é pra não cansar minha mufa! Eu, hein!
Enfim, a vida segue de qualquer forma! Eu sei disso! Quem perde tempo, se atrasa! Se me entrego a preguiça, logo, chafurdo no tédio e tudo desanda. A necessidade faz com que a gente abandone a preguiça estatelada sobre o edredon, sufocada entre as fronhas, coitada!
E nesse chove não molha super comum a estação - sigo remando! A preguiça segue por perto, doida pra que eu caia em seus braços e perca o horário de chegada ao trabalho. E se até pra trabalhar dar preguiça, imagina só, ir pro trabalho, ficar umas duas, três horas ralando e logo depois: pausa pro futebol! Ai que preguiça! Volto pra casa ou fico no boteco? O boteco me anima mais!
E assim a gente vai bebendo pra criar coragem, né?
Então, tá!
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
se a vida segue um caminho, como a gente faz pra se livrar dos pedregulhos, hein?
No meio do caminho (Eduardo Alves Costa)
" Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada....".
Esse é um trecho do poema de Eduardo Alves da Costa, fabuloso pensador, contemporâneo, nascido em Niterói (região metropolitana do Rio)... fazendo uma menção sobre todos os tipos de violência que assistimos, vivemos e... ainda assim, permanecemos estáticos...
É importante exercitar com afinco a tal da intuição, saibamos! Porque se tivermos sorte, talvez, não nos esqueçamos de trancar o portão de acesso aos nossos jardins...
Né?
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